Por Onde Andam os Paquitos?

Hoje quase todos passam despercebidos, cara de pai de família, jeito de tiozão, uma barriguinha saliente...


Mas há uns 15 anos eles enlouqueciam as meninas ao cantar na TV refrões como "Paquidance, paquidance comigo" vestidos de soldadinho de chumbo enquanto faziam coreografias elaboradas.

Em 1993, os “Paquitos”, versão masculina do grupo de meninas ajudantes da Xuxa, viraram a sensação do programa “Xou da Xuxa”. O grupo era formado por Robson Barros, Cláudio Heinrich, Alexandre Canhoni, Marcelo Faustini e Egon Filho.

Com o tempo, além de ajudar a apresentadora Xuxa a descer da nave espacial, levar o seu “café da manhã” ao som de “Quem quer pão” (megahit de Xuxa, lembra?) e manter as crianças em ordem, eles gravaram um LP, emplacaram mais três sucessos ("Nova onda", "Muito prazer", "Vem dançar rumba") e também tiveraram seu momento ator nos filmes “Sonho de verão” e "Lua de cristal". Dois anos após a formação, o grupo terminou. E por onde andam hoje esses garotos que fizeram a alegria de tantas menininhas na década passada? Pesquisamos e descobrimos.

Alexandre Canhoni


Conhecido como Xande Xiquito, ele era o vocalista do grupo. O loiro exibia um “franjão” e fazia grande sucesso com as fãs. Após sair do grupo, ele chegou a gravar um CD, “Xande, vem dançar”. Também participou ao lado de Ana Paula Arósio da peça “Um passeio no cometa”. Em 1997, após um tempo tentando se manter na carreira artística, sem sucesso, Alexandre se tornou evangélico e radicalizou: queimou em praça pública tudo o que havia conquistado na época de paquito. “Sou o Alexandre liberto por Cristo, ex-paquito endemoniado, satanista e escravo do pecado. Vivi muitos anos de minha vida me dedicando ao inimigo, porém hoje pela graça de Deus fui liberto e salvo pelo poder do sangue de Cristo que me lavou e purificou de todo pecado”, diz o hoje pastor e missionário da igreja Guerreiros de Deus.


Marcelo Faustini


O rapaz era o mais tímido do grupo, mas mesmo assim conseguiu destaque com os seus belos olhos verdes. Também ficou conhecido por namorar com Deborah Secco, na época com 16 anos, que vivia no programa visitando o amado. Os dois ficaram juntos por um ano. Ao sair do "Xou da Xuxa", Marcelo decidiu virar ator e investir mais na carreira de cantor. Fez Oficina de atores Globo, faculdade de cinema e participou de "Malhação". Após a morte da mãe, Aparecida, em 2005, ele decidiu ir morar em Boston, nos EUA. Lá se dedicou à carreira de cantor, onde fez shows até o ano passado. Ele casou, decidiu voltar ao Brasil e hoje, aos 36 anos, faz o espetáculo "Tributo a Elvis", em São Paulo. "Mas não é cover. Apenas canto com um grupo os sucessos mais antigos de Elvis", avisa o ex-paquito que hoje vive com o "pé-de-meia" conquistado na época que trabalhou com Xuxa. "Fiz muitos investimentos e hoje posso me dar ao luxo de viver da arte."


Egon Filho


O gaúcho de nome diferente acabou ganhando de Xuxa o apelido de Gigio e era conhecido como o mais inteligente do grupo. Ao deixar a função de paquito (e o penteado estilo mullet), ele bem que tentou seguir a carreira artística - participou da novela "Despedida de Solteiro" - e sonhou ser diretor de teatro, mas acabou enveredando por outros caminhos. Fez faculdade de marketing e hoje, aos 36 anos, é gerente de contas de uma multinacional. Egon mora no Rio de Janeiro com a mulher, a engenheira Fernanda, e tem filhos gêmeos de 1 ano e meio, Manuela e Bernardo. "Sou um feliz e realizado pai e executivo. Fala para as fãs que continuo o mesmo Gigio, apenas com uns dez quilinhos a mais", brinca.


Cláudio Heinrich


A pinta de surfista do carioca Claudinho sempre foi o seu diferencial nos "Paquitos". Logo que saiu do programa, Cláudio iniciou a carreira de ator como o personagem Dado, um professor de judô "cabeça" em "Malhação". Ao contrário da dos colegas de grupo, a sua carreira de ator deslanchou e, em 2000, ele protagonizou a novela "Uga Uga", como o índio branco Tatuapu. Cláudio também participou de filmes infantis e apresentou o programa Globo Ecologia durante seis anos. O ator conta que ainda mantém a amizade com os outros paquitos, com exceção de Alexandre. "Ele pirou!", diz. Cláudio continua solteiro e surfando por aí. "Gosto de atuar, cantar, surfar e namorar", diz.


Robson Barros


O paquito Rob foi o primeiro a entrar e também a sair do grupo. Como já namorava havia oito anos, ele resolveu deixar o grupo para casar e trabalhar com o pai, o produtor musical de Roberto Carlos, Geraldo Barros. O casamento só durou dois anos. Os negócios, porém, foram prósperos. Ele montou a agência de produção de eventos Tas, em São Paulo. Hoje, às vésperas de completar 40 anos, Robson é casado pela segunda vez e é pai de dois filhos, Carlos Eduardo, 8, e Rafael, 3. "Engordei bastante, mas não tanto quanto o Gigio", diverte-se.

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