10 Piores Times da História das Copas

1 - China de 2002
O primeiro mundial dos chineses, coincidentemente disputado em seu continente, não traz as melhores recordações aos torcedores da nação mais populosa do planeta. Em um grupo relativamente difícil, a China tinha possibilidades de pontuar ou de marcar gols nas equipes medianas do Grupo C (Turquia e Costa Rica, já que o Brasil era o franco favorito). Além da goleada sofrida diante da Seleção por 4 a 0, mais duas derrotas, sem o direito de balançar as redes adversárias. Na classificação geral de 2002, a China só não esteve pior que a Arábia Saudita.



2 - El Salvador de 1982
Os salvadorenhos chegaram ao Mundial da Espanha dispostos a melhorar a sua primeira participação em Copas, 12 anos antes, quando deixaram o México sem marcar pontos. Mas a história se repetiu, com um agravante: El Salvador figura negativamente na história das Copas como a equipe que sofreu a maior goleada, quando levou 10 a 1 da Hungria, do zagueiro Sándor Sallai (esq., disputou as Copas de 1982 e 1986) – que não era nem sombra da equipe vice-campeã do mundo em 1954. No total, foram 13 gols sofridos nas três partidas, com apenas um tento marcado – o único da equipe salvadorenha na história do torneio – pelo atacante Luís Ramirez.


3 - Coreia do Sul de 1954
Equipe que mais disputou mundiais depois de seleções europeias e sul-americanas (oito no total), a Coreia do Sul fazia sua estreia em 1954, onde enfrentou um vôo cheio de complicações até a Suíça para enfrentar logo de cara a poderosa Hungria (foto), invicta há quatro anos e campeã olímpica de 1952. A goleada por 9 a 0 não foi surpresa aos sul-coreanos. Na despedida daquela Copa, outra goleada sofrida diante da Turquia (7 a 0) e a marca de equipe que mais sofreu gols em uma edição (16 gols). Após a pífia participação, a Coreia do Sul só voltaria a disputar o torneio em 1986 (onde conseguiria seu primeiro ponto no empate por um gol com a Bulgária) e alcançaria a primeira vitória em 2002 (2 a 0 contra a Polônia).



4 - Bolívia de 1950
Na segunda participação boliviana em Copas (a primeira foi em 1930), a Bolívia tinha sua “melhor chance” de passar à próxima fase do torneio. Isso porque os bolivianos “só” precisavam vencer os uruguaios (foto) para conseguir a classificação, já que as outras equipes do Grupo 4 (Escócia e Turquia) haviam desistido de participar do Mundial sediado no Brasil, o que deixou o jogo com ares de decisão. Mas coube a Miguez (3), Schiaffino (2), Vidal, Pérez e Ghiggia marcarem o início da arrancada uruguaia rumo ao bicampeonato mundial, com a goleada por 8 a 0 sobre os bolivianos, em partida disputada no Estádio Independência, em Minas Gerais.


5 - Zaire de 1974
Em sua única aparição na história das Copas, o Zaire proporcionou momentos distintos em 1974. Ostenta a marca de ter sofrido a segunda maior goleada em Mundiais (ao lado da Coreia do Sul, em 1954), na derrota diante da Iugoslávia por 9 a 0. Além disso, protagonizou um dos lances mais bizarros da história do torneio, na derrota diante do Brasil por 3 a 0. Antes de cobrança de uma falta em favor dos brasileiros, o zagueiro Ilunga Mwepu correu em direção à bola, chutando-a para longe, logo após o apito do juiz. Depois de muitos anos, o defensor disse que a atitude foi fruto do nervosismo, já que o elenco havia sofrido ameaças do ditador do Zaire, caso a equipe perdesse aquele jogo por mais de três gols de diferença.


6 - Emirados Árabes Unidos de 1990
A única aparição desta seleção árabe em Copas do Mundo não traz boas recordações. Zebra de um grupo que contava com boas equipes como Iugoslávia e Colômbia, além da tradicional Alemanha, a frágil defesa da equipe sucumbiu com 11 gols em três partidas – duas delas, por goleada – ostentando a marca de pior seleção daquele torneio. Mas um integrante daquela delegação, particularmente, viveria um momento totalmente oposto na Copa seguinte: Carlos Alberto Parreira, que treinou os Emirados Árabes em 1990, estava no comando do Brasil tetracampeão mundial em 1994, que colocou fim a um jejum de 24 anos sem títulos em Mundiais.


7 - Haiti de 1974
Outra estreante em 1974, a participação da equipe no início do torneio parecia promissora: saiu na frente da então vice-campeã Itália, na primeira partida do Grupo 4, com gol de Sanon sobre o consagrado Dino Zoff. Porém, a equipe acabou levando a virada (perdeu por 3 a 1) e terminou aquela Copa com 14 gols sofridos em três jogos – goleadas por 7 a 0 e 4 a 1 diante de Polônia e Argentina, respectivamente. Além das derrotas, outra marca negativa daquela equipe foi a descoberta do doping do meia Ernst Jean-Joseph - o primeiro registrado na história do torneio - pelo uso de efedrina. Acusado pelo então ditador haitiano Jean-Claude “Baby Doc” Duvalier de manchar o nome do país no exterior, Joseph foi torturado e ficou preso por dois anos.


8 - Arábia Saudita de 2002
Uma das equipes asiáticas mais tradicionais em Copas (participou de quatro consecutivos entre 1994 e 2006), a Arábia Saudita fez a pior de suas participações em Mundiais na Coreia do Sul e Japão em 2002, quando foi eliminada após sofrer 12 gols na fase de grupos e não marcar um tento sequer. O pior dos vexames se deu contra a Alemanha, na goleada por 8 a 0, que ajudou Miroslav Klose a ser um dos vice-artilheiros daquele torneio: dos cinco gols do atacante em 2002, três foram anotados diante dos sauditas.



9 - Grécia de 1994
A caminho de seu segundo Mundial, a Grécia de 2010 quer apagar a má impressão deixada em 1994, quando saiu dos Estados Unidos sem marcar um ponto ou gol sequer, perdendo as três partidas do Grupo D, que ainda tinha Argentina, Nigéria (coincidentemente, dois dos adversários dos gregos no Grupo B, em 2010) e Bulgária. A situação daquele time era tão crítica que o técnico Alketas Panagoulias utilizou os três goleiros do elenco (Minou, Karkamanis e Atmatsidis) nas três partidas da Grécia naquela Copa, fato raro na competição. Curiosamente, o técnico atual da equipe, Otto Rehhagel, convocou 13 defensores entre os 30 pré-selecionados, mostrando a preocupação dos campeões da Euro 2004 em não repetir novo vexame no Mundial.


10 - Sérvia e Montenegro de 2006
Na única participação do último resquício da antiga Iugoslávia, a seleção de Sérvia e Montenegro estava no Grupo C em 2006, ao lado de Argentina, Holanda e Costa do Marfim, naquele que era considerado o “grupo da morte”. No bom elenco comandado pelo técnico Ilija Petkovic, nomes conhecidos no futebol europeu como Stankovic, Vidic e Zigic, por exemplo. Mas na prática, aquela equipe (que curiosamente, disputou o torneio por uma nação que já não existia mais, visto que a união dos Estados foi dissolvida a poucos dias da Copa) ofereceu pouca resistência, ao perder as três partidas que fez - goleada pela Argentina por 6 a 1 e derrotas para a Holanda (1 a 0) e para a estreante Costa do Marfim (3 a 2).

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